Quando é que Deus é importante?

D.R.

A esmagadora maioria dos madeirenses são baptizados, frequentaram a catequese, foram crismados. Só que, por um qualquer motivo (podem ser vários), muitos abandonaram a prática da fé. 

Ou seja: muitos vivem no seu quotidiano como se Deus não importasse, como se Deus não tivesse nada a dizer acerca da vida: acerca do trabalho, da vida em família, dos tempos de divertimento, dos momentos de solidão. 

No fundo, a maioria de nós vive como se Deus não fosse Deus, mas apenas alguém distante a quem podemos recorrer nos momentos mais centrais da vida (nascimento ou morte) ou quando nos encontramos mais aflitos e necessitamos da ajuda de alguém mais forte que nós. 

Pensamos, no fundo, que no quotidiano somos capazes de viver sem recorrer a Deus, e que necessitamos dele apenas para as situações mais graves. De resto, podemos deixar de o incomodar e de nos incomodarmos a pensar nele.

Mas sabemos que não é assim. Sabemos que Deus tem a ver com toda a nossa vida, com todos os seus momentos, com todas as atitudes que tomamos. Não o faz como um polícia ou um vigilante que procura verificar se nos portamos mal, para nos aplicar a respectiva multa ou o correctivo exemplar. Fá-lo como alguém que caminha connosco, que ilumina os nossos passos. Sem nos retirar da frente os problemas e mesmo os sofrimentos, Deus dá-nos força, ajuda-nos a ultrapassá-los, a vivê-los de uma outra forma — até porque abre, diante dos nossos olhos, o horizonte da vida eterna. Deus é importante, essencial, em cada momento, em cada dia, sempre.