A Tarefa Educativa
“A tarefa educativa, o desenvolvimento de hábitos solidários, a capacidade de pensar a vida humana de forma mais integral, a profundidade espiritual são realidades necessárias para dar qualidade às relações humanas” (Fratelli Tutti, 167)
Os Salesianos chegaram à Madeira há 70 anos. O trabalho que ao longo destes anos desenvolveram na nossa Região levou-me a refletir sobre o papel da Igreja diocesana na criação de “ambientes” educativos: num primeiro momento ligado às paróquias, e depois através dos colégios católicos de diferentes congregações religiosas, que lutaram pela alfabetização e instrução das crianças madeirenses, especialmente aquelas que se encontravam em condições de maior precariedade.
Nesta linha, insere-se a obra do padre Laurindo Leal Pestana, nascido a 17 de janeiro de 1883, que dedicou o seu ministério à juventude abandonada da paróquia de Santa Maria Maior. Um ano antes da sua morte entregou cheio de alegria a Escola de Artes e Ofícios, que fundara em 1921, aos Padres Salesianos. “Não foi salesiano, mas o espírito do grande educador e pai dos jovens, o fundador dos Salesianos, estava nele” escreveu D. Maurílio de Gouveia no seu livro “Cristãos exemplares” (2014).
Neste sugestivo Dia de Todos os Santos, para além do padre Laurindo, quero também recordar a Madre Virgínia Brites da Paixão.
Esta mensageira da devoção ao Imaculado Coração de Maria, nascida há 160 anos, que o povo carinhosamente chama de “santa freirinha”, em 1910, é obrigada a deixar o Convento das Mercês, onde viveu 34 anos, e a regressar à casa de família no Lombo dos Aguiares, em Santo António.
Morreu com fama de santidade a 17 de janeiro de 1929, e continua a ser nos nossos dias um modelo de vida cristã.
Neste particular momento que nos é dado viver, o testemunho dos santos são alimento de esperança para o caminho.
Os santos são escolas de vida e humanidade. As suas vidas têm o poder de inspirar outras vidas e porque não também a minha?
