Europa: “unidos seremos fortes”

D.R.

Política pelo bem comum

O Movimento Europeu de Trabalhadores Cristãos (METC) escreveu no dia 9 de maio, Dia da Europa, um comunicado lembrando os valores da Europa e alertando para “é o momento de fazer política pelo bem comum”.

A LOC/MTC de Portugal pertence, escreveu: “Requiem por uma Europa que deve morrer, poema a uma Europa sonhada” reconhecendo como “os povos e os trabalhadores se estão a organizar em redes de solidariedade e de apoio mútuo” bem como “o renascimento da ação comunitária e uma atenção especial às pessoas mais desprotegidas”.

Com o estado de pandemia está prevista a “chegada de uma onda de desemprego no mundo e na Europa em particular” e o  METC pede “condições dignas” e “rendimentos vitais suficientes”.

Algumas medidas que esperam ver concretizadas: o fortalecimento “dos sistemas públicos de saúde e da proteção social”, a aplicação de “políticas de regulação para proteger os trabalhadores”, a reconstrução do “tecido produtivo e industrial de proximidade que proporcione condições laborais dignas e minimize o prejuízo ao meio ambiente e que os cidadãos paguem um preço justo por estes produtos eticamente produzidos”.

“Da maneira como a Europa enfrentar a reconstrução económica e social depois da pandemia, a sua existência terá sentido ou se desmoronará”, aponta.

O METC termina reafirmando as “opções cristãs” e o desejo que “todos os filhos da Europa” vivam na “plenitude a sua condição humana e a sua dignidade de filhas e filhos de Deus.

Bandeira significativa

Achei de muito interesse o artigo de Maria Susana Mexia no Jornal da Madeira sobre a Europa. Nele me baseio.

Em 1950, o Conselho da Europa lançou a concurso o desenho da futura bandeira da então recém- nascida Comunidade Europeia.

Arsène Heitz, natural de Estrasburgo, apresentou várias propostas sendo escolhida a que tão bem conhecemos: Um “Sol” de doze estrelas sobre um fundo azul.

Anos mais tarde, Heitz revelou a génese da sua inspiração: Estava a ler a história das aparições da “ Virgem da Medalha Milagrosa”. E foi, a partir dessa leitura,que nasceu a conceção de doze estrelas em círculo, sobre fundo azul, como a Virgem éé representada na iconografia tradicional.

E os delegados dos ministros europeus adotaram por unanimidade o símbolo proposto por Heitz numa reunião plenária a 8 de Dezembro, dia em que se celebra a festa da Imaculada Conceição.

Também a fé que caldeou a civilização ocidental e é o grande suporte da história e cultura das nações europeias, se espalhou por todos os continentes graças a navegadores e missionários portugueses.

É consolador e reconfortante contemplar a bandeira da União Europeia- expressão dos valores comuns dos povos europeus, e nela reconhecer o grande “sinal bíblico e mariano” evocativo da Paz, União, e da Vitória final.

Não esquecer as nossas origens e conhecer bem o passado será um caminho seguro para construir um futuro mais coerente, harmonioso e perfeito.

Unidos seremos fortes

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou ao Vatican News e ao L’Osservatore Romano sobre os grandes temas atuais. 

A senhora Von der Leyen, referiu os apelos do Papa Francisco à unidade dos povos europeus, contra os egoísmos nacionalistas e ao papel que a União Europeia poderá ter depois do fim da pandemia em todo o mundo.

Esquecemos o bem precioso que é viver na prosperidade económica, na coesão social, no respeito dos direitos humanos. Como para a liberdade e a saúde, apreciamos estes verdadeiros valores só quando tememos perdê-los, disse. 

Citou Alcide De Gasperi: “Só unidos seremos fortes, só fortes seremos livres”. Temos que continuar a trabalhar para uma Europa mais próxima, mais unida. Dia da Europa será neste ano um pouco diferente. Porém espero que possa ser um momento de celebração da amizade, da unidade e da solidariedade entre países e pessoas.

No dia 9 de maio celebramos o 70º aniversário da declaração de Robert Schuman, que se tornou o ponto de partida para a União Europeia. Mudou o destino do nosso continente. Seus apelos para uma Europa unida e solidária são mais do que nunca válidos. 

O plano de recuperação da nossa União Europeia terá de ser forte e traçar com firmeza o caminho da Europa para o futuro baseado na solidariedade, que abrace com coragem as oportunidades verdes e digitais e que esteja mais solidamente preparada para futuras crises.