China: Autoridades impõem novas medidas de controlo dos grupos religiosos

D.R.

As actividades das diversas comunidades cristãs, assim como encontros e programas vão passar a ter de obter, já a partir de 1 de Fevereiro, permissão antecipada por parte do organismo governamental que tutela os assuntos religiosos.

O objectivo é, segundo a Xinhua, a agência de notícias oficial chinesa, envolver as comunidades religiosas no apoio à “liderança do Partido Comunista”.

O novo regulamento, publicado no dia 30 de Dezembro, está dividido em 6 capítulos e tem cerca de quatro dezenas de artigos. Questões relacionadas com a organização, funções, planos de trabalho e até a administração económica das comunidades passam agora a estar sujeitas à aprovação estatal.

A submissão de todas as entidades ao Partido Comunista Chinês é visível em vários dos articulados deste Regulamento. Num deles, no artigo 17º, por exemplo, exige-se que as “organizações religiosas devem disseminar os princípios e políticas” do Partido Comunista…

O anúncio das novas medidas de controlo das actividades religiosas ocorre praticamente em simultâneo com a condenação a nove anos de cadeia de um pastor evangélico chinês.

Wang Yi, pastor na Igreja Aliança da Chuva de Outono, na cidade de Chengdu, foi detido por subversão do poder estatal juntamente com dezenas de outros membros da sua igreja que seriam, no entanto, libertados posteriormente. A Amnistia Internacional já veio condenar a prisão deste responsável.