O Dia daqueles que venceram

D.R.

Por Teresa Mesquita Mendes

O Dia de Todos os Santos

O dia daqueles que, apesar de todos os obstáculos, chegaram à meta da corrida com grande mérito. Aqueles que, apesar de todas as angústias, dificuldades e perigos, perseveraram nas suas convicções, levando o seu propósito até ao fim. E qual era esse propósito? Conhecer, amar e servir a Deus nesta vida e, depois da morte, viver com Ele eternamente feliz no Céu (Catecismo da Doutrina Cristã). Como ouvi uma vez, o resto é acréscimo, secundário. 

O que pode haver de mais alto do que servir o Criador? O que pode haver de mais belo do que amar Quem deu a vida por nós? O que pode haver de mais nobre do que louvar o Rei do Universo? Muitos pensam que os santos foram apenas alguém que cumpriu regras. Não. Foram mais do que isso. Foram soldados da fé. Foram consagrados por amor a Cristo e aos irmãos. Foram pais e mães dedicados. Foram pessoas que usaram da sua liberdade para fazer da sua vida uma vida em favor dos outros e de amor a Deus. Muitos chegaram mesmo a dar a vida pelos outros ou foram martirizados por não negar a Cristo. É preciso coragem. E, acima de tudo, uma fé inabalável. Uma fé cujos alicerces estão bem estruturados. Com constância. Com oração. Com as virtudes.

Podemos cair no erro de pensar que é impossível ser santo. Mas esquecemo-nos de que os santos eram pessoas normais mas extraordinárias ao mesmo tempo. Que eram pessoas que se encontravam na rua, no trabalho, na escola. Que eram não só pessoas de vida consagrada, que tiveram a coragem de deixar tudo, mas também professores, pais, médicos, biólogos, comerciantes, crianças. Pessoas extraordinárias pois conseguiram tornar o ordinário de cada dia em algo superior a isso. Ou porque faziam grandes coisas ou porque faziam pequenas coisas com muito amor. “Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade” (Papa Emérito Bento XVI). E Deus dá a cada um todas as possibilidades para o ser.

Cada um tem uma missão especial neste mundo. Quer seja uma Madre Teresa de Calcutá, que ajudou imensas pessoas e teve um impacto gigante na sociedade, quer seja uma santa Zélia Guerin, cuja principal ocupação era educar e cuidar dos filhos. O importante é perguntar: “Que queres, Deus, de mim?”

Como referi acima, “o resto é secundário”. A carreira, o sucesso, os outros objetivos, também são importantes, mas nunca devem ser postos acima do principal: fazer um caminho para o Céu. Devem servir este objetivo e nunca o limitar.

Neste dia tão importante, peçamos a intercessão de todos os Santos, para que nos ajudem não só a permanecer sempre na graça de Deus (como disse São João Paulo II, “O santo é um pecador que nunca desiste”) mas, também a velarmos pelo bem dos outros.

São João Paulo II resume:
“A vocação do cristão é a santidade,
em todos os momentos da vida.
Na primavera da juventude,

na plenitude do verão
da idade madura,
e depois também
no outono
e no inverno
da velhice,
e por último,
na hora da morte.”