Juntos pelos jovens
1.O Ir. Alois, foi recebido pelo Papa Francisco comunicando-lhe as iniciativas tomadas no âmbito da pesquisa ecuménica e do acolhimento aos jovens. “Francisco insistiu sobre a importância da hospitalidade”, afirmou o prior, acrescentando que outro tema foi o dos refugiados, “que é uma preocupação que nós compartilhamos plenamente, acolhendo também nós alguns refugiados em Taizé”.
Falaram ainda do Sínodo sobre os jovens, carisma da Comunidade: “Eu lhe disse que nós acompanhamos este caminho do Sínodo. O cardeal Baldisseri veio visitar-nos em Taizé. Nós ouvimos muito os jovens: eles têm um desejo de autenticidade, que é preciso descobrir, levar a sério e acompanhar”.
Uma igreja com as portas abertas
2.O primeiro Papa jesuíta, primeiro proveniente das Américas, primeiro com o nome do “Poverello” de Assis, Francisco, 265º Sucessor de Pedro, deseja uma Igreja com as portas abertas que saiba anunciar a todos a alegria e a frescura do Evangelho. Uma igreja acolhedora, “onde há espaço para todos com sua vida complicada”. Uma Igreja que corra o risco de ser “ acidentada, ferida e suja” para chegar e estar no meio do povo, em vez de uma Igreja doente pelo encerramento e o conforto de se apegar às suas próprias seguranças”. Pede para abandonar um estilo defensivo e negativo, de mera condenação, para propor a beleza da fé, que é encontrar Deus.
Mais espaço aos leigos, mulheres e jovens
3.Francisco se opõe ao clericalismo, porque o pastor deve “servir” e ter “o cheiro das ovelhas”. Convida leigos e jovens a terem um maior protagonismo e a incomodarem os pastores com sua criatividade.
No Natal de 2017, na mensagem de Natal enviada aos jovens, o Papa Francisco disse-lhes: ”Eu quero dizer-vos uma coisa: estou sonhando com a viagem das JMJ, já estou sonhando, realmente tenho muita vontade de estar convosco. “E se reparam na lista dos santos, não há nenhum santo triste. Todos eram felizes. Eles tinham a sabedoria de Jesus dentro deles”, assinalou.
“Rezai, rezai muito. Que Deus vos abençoe, e que a Virgem Maria cuide de vós. Rezai também por mim”, pediu.
Com os jovens em Sarajevo
4.”Não tenhais medo de escutar o Espírito que vos sugere escolhas ousadas” – diz o Papa na Carta aos jovens ao apresentar – em janeiro 2017 -, o documento preparatório do Sínodo dos Bispos sobre as vocações, a ser realizado em outubro de 2018 com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. “Eu quis que vós estivésseis no centro da atenção, porque vos trago no coração”.
Vêm-me à mente as palavras que Deus dirigiu a Abraão: «Sai da tua terra, deixa a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te mostrar!» (Gn 12, 1). Quando Deus disse a Abraão «Sai!», o que é que lhe queria dizer? Certamente, não para fugir dos seus, nem do mundo. Mas foi um convite forte, uma provocação, a fim de que deixasse tudo e partisse para uma nova terra. Qual é para nós hoje esta nova terra, a não ser uma sociedade mais justa e fraterna, à qual vós aspirais profundamente e que desejais construir até às periferias do mundo?
Mas hoje, infelizmente, o «Sai!» adquire inclusive um significado diferente. O da prevaricação, da injustiça e da guerra. Muitos de vós, jovens, estão submetidos à chantagem da violência e são forçados a fugir da sua terra natal.
Jovens sede audazes
5. Um mundo melhor constrói-se também graças a vós, ao vosso desejo de mudança e à vossa generosidade. Não tenhais medo de ouvir o Espírito que vos sugere escolhas audazes, não hesiteis quando a consciência vos pedir que arrisqueis para seguir o Mestre. Fazei ouvir o vosso grito, deixai-o ressoar nas comunidades e fazei-o chegar aos pastores. São Bento recomendava aos abades que, antes de cada decisão importante, consultassem também os jovens porque «muitas vezes é exatamente ao mais jovem que o Senhor revela a melhor solução» (Regra de São Bento III, 3).
Assim, inclusive através do caminho deste Sínodo, eu e os meus irmãos Bispos queremos, ainda mais, «contribuir para a vossa alegria» (2 Cor 1, 24). A Igreja, o papa Francisco, contam convosco.