Bispo do Funchal: “Que Nossa Senhora do Carmo nos abra horizontes de esperança e de alegria”

Num mundo com “sede da água viva, da ternura e misericórdia de Deus, que nos faz felizes e dá especial sentido à nossa vocação batismal”, a presença de Maria, Mãe é um sinal de esperança.

Foto: Duarte Gomes

D. António Carrilho presidiu esta segunda-feira, dia 16 de julho, a uma concelebração solene na igreja dos Carmelitas, no dia de Nossa Senhora do Carmo. 

Aos muitos fiéis presentes exortou a seguirem o exemplo de Maria, como sinal de consolação, mas sobretudo de esperança. O prelado falou ainda do simbolismo do Escapulário, e explicou a importância da espiritualidade do Carmelo para o nosso tempo.

A espiritualidade carmelita continua, de resto, tão atual como nos primeiros séculos em que a sua vivência se difundiu por toda a Europa, desde o Monte Carmelo, e em particular com a devoção ao Escapulário de Nossa Senhora cuja tradição, disse o prelado, “foi abraçada não só pelo povo simples, mas pelos Papas e Reis e, graças a Deus, também na nossa Diocese está viva”. Porém, referiu o prelado, “usar o Escapulário de Nossa Senhora, não visa apenas o cumprimento de alguns exercícios de piedade”. 

Na verdade, disse D. António aos muitos fiéis presentes, o Escapulário “aponta para um compromisso cristão sério, de seguir Jesus como Nossa Senhora, na fidelidade ao Espírito Santo, na escuta da palavra, cumprimento fiel do dever, no amor fraterno manifestado nos pequenos gestos de bondade a favor dos outros, na entrega incondicional ao Senhor”.

O Escapulário, disse, deve ser visto como um estímulo. Olhando para ele o que vemos é Maria, em quem devemos “encontrar proteção”, mas também “estímulo à imitação” e “promessa de salvação, porque nos deu o seu filho, Jesus salvador”.

Agradecimento aos Carmelitas

Ainda com base nas leituras bíblicas deste dia, o bispo do Funchal refletiu sobre “a nuvenzinha frágil e pequena”, que para o mundo de hoje “pode simbolizar a Virgem Maria, a humilde serva do Senhor”. Mas também Maria, Mãe, “medianeira de todas as graças”, cuja presença nos “inunda de graça e de misericórdia” e que, como outrora no Calvário, “permanece junto da cruz de cada um de nós e de todos os que sofrem no corpo ou no espírito”.

“Maria representa a Igreja cheia de beleza e de ternura”, disse ainda D. António Carrilho, que agradeceu “à comunidade dos sacerdotes, irmãos carmelitas, a sua presença entre nós, particularmente nesta igreja do Carmo”. Agradeceu ainda “o especial testemunho de vida de especial consagração, dedicação, empenho e serviço pastoral, especialmente no âmbito da Pastoral de Acolhimento, de acolhimento no Sacramento da Reconciliação, na orientação de encontros e retiros, no apoio e ajuda aos colegas sacerdotes, no apoio ao nosso seminário e no apoio aos doentes.”

D. António terminou desejando “que Nossa Senhora do Carmo esteja sempre connosco e nos abra horizontes de esperança e de alegria, neste mundo com sede da água viva, da ternura e misericórdia de Deus, que nos faz felizes e dá especial sentido à nossa vocação batismal, ou vocação de especial consagração, consagração para os serviços da paz e felicidade dos homens e mulheres do nosso tempo.”

Após a Eucaristia saiu à rua a habitual procissão, que percorreu várias artérias da cidade.